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7 de dezembro de 2012

Casarão Oito

Projetado pelo italiano José Izella Merotti em 1878, o casarão oito acaba de ser restaurado para abrigar o Museu de Antropologia e Arqueologia da UFPel e um Museu do Doce. E continuar a compor a recuperação do Patrimônio Histórico de Pelotas, a exemplo do que já ocorrera com o Casarão Seis e outros prédios da cidade. Construído para a moradia de nobres barões, nas escavações para sua reforma foram encontrados mais de 5,5 mil ítens que ajudam a contar a história de um rico ciclo econômico do sul do estado. Um estudo detalhado pôde identificar até mesmo azulejos de origem francesa do século XIX, que restaurados, enfeitarão as paredes da casa. Mas nobre mesmo, é a iniciativa e o uso que se fará do lugar com a instalação dos museus, permitindo um novo ciclo virtuoso de valorização da história. O entorno ainda tem muito a crescer com o avanço da revitalização. Quem sabe a iniciativa privada não se atraia cada vez mais por este ambiente e invista ali, gerando não somente renda, mas também um ambiente único. Que traz não só as belezas do pujante passado, mas um presente recheado de momentos agradáveis e por que não, deliciosos. Como os doces da cidade.


Quando pudermos colocaremos nossas imagens do lugar....

30 de novembro de 2012

De colegas mais aventureiros....

Já dissemos que não dá para fazer tudo.... Mas vontade não falta.... Aproveitamos indas e vindas por esta região que cada vez mais nos encanta para sempre que possível descobrir seus segredos. Vamos postando o que dá... e muitas vezes propagando o que outros fazem. Por que não? Pois uma turma de blogueiros, digamos, mais audaciosos, se juntou para percorrer os aparados da serra, que para nós um espécie de centro do universo quando falamos em patrimônio natural. Eles contarão sua trajetória em http://www.adventurebloggers.com.br/  e certamente ainda ficarão devendo muito, perante a grandiosidade que cerca estas formações descomunais. Já andamos por lá, e falamos um pouco em Cotovelo e em Uma fortaleza para não dizer que passamos em branco. Além de ressaltar a experiência de outros como fazemos agora. Mas o que importa mesmo, é que se descobre cada vez mais uma riqueza sem preço. E algo que é tão impactante, que merecia ser muito, mas muito, mais conhecido e visitado.

16 de novembro de 2012

Parada na 101

Para quem está começando a ir para o nosso litoral... Ali na BR101 um pouco depois de Osório não dá para deixar de dar um paradinha em um tradicional restaurante, bar, loja de produtos coloniais, ou ao menos um lugar para ir ao banheiro. Este multiuso moderno que muitos gostam de chamar de paradouro.     Mas além dos meritórios atributos comerciais do lugar, seus mentores foram inspirados ao escolher seu endereço. 


Os campos limpos logo ali atrás permitem que a vista alcance a Lagoa da Pinguela e o característico  Morro Alto, formando um cenário de cinema. Ou de fotografia. Este conjunto de campo lagoa e morro é único, mas ainda pouco apreciado, como vimos insistindo aqui. Mas a turma está chegando. Além dos comensais de rosquinhas e afins, esportistas dos ares descobriram um local de pouso após o salto nos morros do outro lado da estrada, enquanto os das águas, deslizam pela Pinguela ao sabor dos ventos sempre constantes. E para quem se cansa das tranqueiras da estrada (e por isso muitos param ali), não custa lembrar que a região é muito maior que todo o movimento do verão. Há lagoas e montanhas e paisagens espalhadas por todo o litoral norte. E que estão à espera de quem quer algo mais que uma simples pausa no caminho da praia.






9 de novembro de 2012

Pórtico no chão


Foi uma barberagem do motorista de um guincho, paciência. Mas ninguém tinha feito algo igual nos últimos cem anos, derrubando o pórtico da antiga vinícola Luiz Antunes em Caxias do Sul. A pujança da empresa fundada por um descendente de açorianos que, com o sucesso em Porto Alegre, se lançou no meio dos “italianos” da serra, foi sacramentada nesta obra de boas vindas. Por baixo dela passaram gerações de trabalhadores durante a existência da empresa, falida em 1982. Com colunas em pedra, que sustentavam uma barra de alvenaria e um letreiro, o singelo monumento agora está no chão, mas o antigo empresário, ainda batiza a rua e o memorial no Centro Cultural Ordovás próximo dali. É o reconhecimento de quem, vindo de outra região, fez sucesso, marcou território e deixou seu nome na história da cidade. Mas assim como seu empreendimento não resistiu ao tempo, o monumento não resistiu à direção pouco cuidadosa e o excesso de altura de um caminhão (devidamente comprovada e multada). Andamos muitas vezes por esta cidade, mas este cantinho não nos era conhecido.... Tarde demais.... Pelo menos o memorial continua lá...
Veja neste link a matéria do Jornal Pioneiro

1 de novembro de 2012

Descansem em paz

Eles vão estar cheios de flores e visitas neste dia 2... A lembrança daqueles que já se mudaram para a morada eterna, transforma os cemitérios em belos jardins. Mas eles podem ser apreciados também em um despretencioso passeio por tortuosas e empoeiradas estradas da nossa serra ou dos nossos vales. Suas pequenas construções escondem histórias que ocorreram antes de nós, mas que talvez muitos desconheçam, por que foram enterradas junto com seus protagonistas. Ali em Alto Feliz não é diferente. As cruzes fincadas na terra vigiam o vale como que apontando o caminho percorrido pelas almas que dali partiram.

26 de outubro de 2012

Cais de Montenegro


Fundamental. Assim era o Rio Caí para se chegar ao interior do estado em outros tempos... Por suas águas que desembocam no Guaíba, subiram e desceram muito mais que barcos repletos de gente e produtos. Construíram-se esperanças no futuro, motivadas por sonhos trazidos por aqueles que queriam fazer a América. E foi assim que, portugueses primeiro e alemães depois, foram chegando e colonizando as suas margens. E um cais se fez necessário construir em 1904 em Montenegro, para organizar o vai-e-vém intenso e conter a fúria das enchentes. Mas com o tempo veio o trem e depois a estrada e os pontos de movimento foram mudando e o rio perdendo importância. Hoje, apenas velhos barcos areeiros ainda cruzam por lá, mas as águas continuam junto com o sol, proporcionando um belo espetáculo a cada fim de tarde. Vale o passeio. Mas o lugar pode muito mais....





6 de março de 2012

Ilópolis para o mundo

É o que está acontecendo com o vanguardista Museu do Pão em Ilópolis na região central do estado. Esta miragem, como disse a Rosane em seu blog (leia aqui), vem sendo destaque em vários meios de comunicação até do exterior. O museu localizado em um velho moinho restaurado, conta a história da fabricação do pão além de oferecer oficinas. E tudo isso em uma cidade de dez mil habitantes. Mais uma mostra que com vontade e dedicação podemos fazer muito pelo turismo. Seja para mostrar nossas belezas naturais, seja para enaltecer uma cultura, ou simplesmente valorizar um produto como o pão. Que é algo comum em todo o mundo, mas que ganhou destaque ali no vale do taquari. E chamou a atenção do dito primeiro mundo. Se essa moda pega.... 

5 de março de 2012

Garapiá. E as cavernas.

É o nome de uma cascata em Maquiné.... Mais uma que falta conferir ao vivo. Já conhecemos outras na região e em outras partes do estado, fazendo algumas postagens aqui como se pode conferir ao colocar a palavra cascata na busca aí de cima. Uma boa pedida para os últimos dias de verão, ou começo do outono, como bem frisou a matéria do Correio http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=399120 . Aliás, uma matéria bem escrita e convidativa a conhecer o lugar, como sempre procuramos fazer também. O jornal, assim como outros veículos do estado, tem procurado mostrar com mais frequência as infindáveis belezas desta região. Mas a matéria também fala que a área só é bem preservada por que o acesso é difícil. Bem... Quem divulga quer que os outros conheçam o lugar. Certo?Quanto mais divulgado for, mais pessoas irão. Mas com mais pessoas, o lugar pode ficar poluído e perder o seu encanto... Será? Ou pode receber mais estrutura para que seja apreciado por mais visitantes? Afinal o que é mais importante? Porque tudo isso? Respondo: Por que nós queremos.... Eu que escrevo, você que lê. Nós queremos viver, e viver bem. Por isso precisamos da água limpa e ar puro. E precisamos preservar para ter saúde. Mas também para obter os recursos de que precisamos na vida moderna (ninguém vai voltar para as cavernas no mês que vem ou no ano que vem). Para que possamos andar pelo mundo e apreciar as suas belezas, mesmo sabendo o impacto que isso possa causar. Portanto, se é bonito e nós gostamos, vamos lá. Vamos aproveitar o que temos. Vai causar impacto. Vai. De qualquer jeito. Então, vamos com cuidado, vamos combinar de aproveitar sem estragar, de construir tentando não agredir muito. É difícil. É. Mas também foi difícil, sair das cavernas e chegar na Internet.

29 de fevereiro de 2012

Transporte de Verão

Fim de festa e volta às tranqueiras da capital... Depois de algumas na freeway.... Mas em 1970 um passageiro do avião que fazia o vôo Porto Alegre - Tramandaí - Capão da Canoa - Torres, deve ter imaginado, ao ver o encantamento de seu filho pequeno com a bela visão aérea das lagoas, do mar e da serra, que quando ele tivesse a sua idade isto seria comum. Pensou ainda, que no século XXI no "país do futuro" viajar de avião para a praia seria algo comum, e ainda de quebra haveria a opção dos barcos (como os que transportaram seus pais nos anos 40 pelas lagoas) ou ainda uma linha de trem, como os que embalaram seus sonhos de guri, rumo ao centro do país. Lendo as notícias do jornal sobre os preparativos para a copa do México, aquela do tri e de Pelé, poderia lembrar da copa que viu no país em 1950 e que talvez um dia voltasse a ser aqui. Quem sabe lá por 2014, com esta estrutura fantástica que se vislumbrava. Sem dúvida seu filho seria um privilegiado em morar em um país ou um estado como este. Mas o futuro chegou neste 2012, com seus carros modernos... e estradas nem tanto.... Enquanto ainda se sonha com o país do futuro, onde seja mais fácil mostrar ao visitante estrangeiro, suas belezas naturais.

Não acreditou na rota aérea para a praia? É só conferir na matéria do Correio: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=152&Caderno=0&Noticia=397589

14 de fevereiro de 2012

O prédio e o rio


Ainda o prédio do centro... Que ainda não caiu... Parece que agora a prefeitura vai intervir na edificação da esquina da Marchal Floriano com Riachuelo, e depois cobrar dos proprietários. E terá que fazer isso, para que suas paredes não caiam na cabeça de alguém.... Enquanto isso em outras páginas dos jornais, lê-se que será elaborado um plano para a bacia do Rio dos Sinos. O tal plano se fala há uns vinte anos... E que será cobrado o uso da água para arrecadar dinheiro... E que serão feitas obras que melhorem a sua qualidade, devolvendo-o assim, à população... Nesse meio tempo, alguns peixes já morreram e pesadores ficaram a míngua, mas pouco se avançou. Agora começa a faltar água com a seca que nos assola, e se volta a falar em plano. Mas tudo muda e no inverno podem vir às cheias e ameaça de inundações. E será dito que é preciso fazer novas obras, e alguém lembrará do plano... Seria bom que as coisas andassem, antes que se chegue a um ponto que chegou o prédio do centro histórico de Porto Alegre. Começando a desabar, e interditando ruas. Seja por parte da iniciativa privada (dona do prédio) seja pelo poder público e a sociedade (responsável por nossas águas), já passou da hora de olhar com mais carinho e responsabilidade, aquilo que nos cerca....

13 de fevereiro de 2012

Três quedas

Bem distintas entre si, mas unidas pelo interesse deste blog.... E destaque no Correio do Povo.
Queda de temperatura em pleno verão caracterizando o clima da região noroeste do estado com o um clima de deserto. Foi em Santa Rosa onde a temperatura foi de 9 a 37 em um dia... E pensar que mais próximo de Porto Alegre o clima está mais para Amazônia, como falamos no em Bafos da Amazônia....
Este nosso sul é mesmo para louco... É assim que talvez alguém enxergue seu Jesse James Stringhini. O saltador profissional do passado, achou um lugar para uma outra queda. Nos nove metros de altura de uma ponte sobre o Rio Tramadaí, ele dá exemplo aos mais jovens de amor a saúde, ao esporte e a natureza. E quem sabe cria uma nova atração para valorizar outros locais próximo ao mar... O Correio falo mais em 
E do passado vem uma relíquia que pode ter um perigoso fim, com uma queda mais triste. Um prédio histórico de lindas linhas, pode não resistir ao tempo e tombar em uma movimentada esquina de Porto Alegre. Infelizmente, nem tudo dá para segurar... (ou podia ter dado?) Nunca esquecendo que o bairro, onde a Marechal Floriano e a Riachuelo sempre se encontraram e viram nascer, viver e morrer este prédio, recentemente passou a se chamar "Centro Histórico".... Fotos do lugar em http://www.correiodopovo.com.br/Noticias/?Noticia=392208
Mas o que pode ser sempre lembrado, é o velho ditado. "É preciso fazer da queda um passo de dança" Seja para se preocupar globalmente com o clima que tem mudado tanto....
Seja para valorizar belezas escondidas no nosso litoral....
Seja para se precaver da ação do tempo sobre bens públicos ou mesmo privados.... 

10 de fevereiro de 2012

A fama de Pelotas


Os homossexuais vêm ganhando o respeito e a tolerância dos heteros (pelo menos de boa parte deles), além de negócios ao se feitio .E o turismo não ficou de fora. O festival Gay, que promete colorir de rosa o centro histórico de Pelotas no sábado à noite, parece estar pegando carona em sua histórica fama... Mas talvez faça jus a apenas uma parte desta turma. Isto se este grupo for considerado, como sendo formado por, além de transformistas, também indivíduos que sentem atraídos por outros do mesmo sexo, sejam homens ou mulheres. Segundo conta a lenda (pelo menos foi essa que ouvimos... ) a  fama remonta ao século XIX. Com a riqueza sustentada pelas charquedas e sua mão de obra escrava, muitos filhos de grandes empresários da época, iam buscar as luzes do conhecimento em Paris, voltando com algo mais na bagagem.... As roupas, enfeitadas com rendas e babados usadas também pelos homens, causou estranheza aqueles que vestiam a rudeza do couro nas lides duras do campo. Os bons modos que começaram a vigorar nos palacetes erguidos na cidade eram olhados como comportamento de moças, pelos gaúchos acostumados a seriedade da peleia. E a chacota livre, permitida e tolerada da época se espalhou pelo sul e além. A “cidade dos gays” para muitos, não necessariamente era de homossexuais, mas de homens afeminados, que pareciam ir na direção contrária da figura do bravo centauro dos pampas. Os tempos mudaram, a escravatura acabou, a sociedade evoluiu, e eles estão lá. E já que chegaram para a festa, bem que podiam olhar para as paredes dos casarões ao seu redor, para tentar entender como tudo começou...

8 de fevereiro de 2012

Bafos da Amazônia


Pois quem diria que é de lá que vem o clima abafado destes dias de verão, segundo a Metsul. Com temperaturas mínimas iguais a de Manaus, Porto Alegre se sente com a umidade elevada. Se pensarmos que as frentes frias viajam desde a Argentina, e as cinzas de um vulcão desde o Chile, não fica difícil imaginar a "descida" da umidade pelo coração central da América do Sul. Talvez o nosso cantinho no mundo seja mesmo um encontro de climas e gentes, que enriquecem a nossa vivência. Se é que a gente fica mais “rico”, com esse clima doido... E abafado....

6 de fevereiro de 2012

Empreendedorismos


Em Galópolis, distrito de Caxias do Sul.... Para quem já pensa na Festa da Uva que não tarda, estender o passeio até esta simpática comunidade encravada no meio das montanhas, pode trazer boas surpresas. É lá que está sendo erguido um centro cultural na casa onde residiu Hércules Galló. Este químico italiano, deixou o emprego na tecelagem F. G. Rheingantz para se estabelecer em um lugar chamado Profundo, na região de colonização italiana, no começo do século XX. Lá ele encontrou conterrâneos seus que aproveitaram as quedas d'água abundantes ali, para gerar energia e erguer uma tecelagem em forma de cooperativa. Eram imigrantes da região do Schio, que após uma mal sucedida greve na fábrica de tecidos onde trabalhavam vieram fazer a América, como muitos outros empreendedores. Mas seu sonho de união não foi longe, e com dificuldades comerciais, venderam o empreendimento para Galló que o reorganizou e prosperou. A vila operária com suas casas de tijolos lado a lado, é testemunha desta época, em que a tecelagem chegou a ser a maior do estado (uma imagem dela conferida na matéria do Correio doPovo). Mas as águas da cascata Véu da Noiva bem perto dali, continuaram caindo e testemunhando as mudanças do tempo, e os novos empreendedores e empreendimentos que foram surgindo. E em meio às exuberantes e impactantes encostas que margeiam a subida da BR 116 que corta a localidade, um novo exemplo de empreendedorismo, desta vez cultural, surge para homenagear um passado de trabalho.... Ao visitar este lugar (que merece mais comentários e imagens é claro) espera-se que possamos entender os sonhos nem sempre realizados como imaginados, destes lutadores. Dos grevistas do Schio, à família que deu nome ao lugar...

3 de fevereiro de 2012

Porto Alegre Ontem e Hoje




São cinquenta anos entre uma imagem e outra.... A turma do Almanaque Gaúcho – Ricardo Chaves nos presenteou com a imagem em P&B da nossa capital no fim dos anos 50, feitas pelo fotógrafo José Abraham. No blog http://wp.clicrbs.com.br/almanaquegaucho/2012/02/03/porto-alegre-fim-dos-50/?topo=13,1,1,,,13 foram postadas informações sobre alguns pontos de referência que aparecem na foto antiga, e como eles estão hoje. A imagem atual não é uma foto aérea do mesmo local, mas uma simulação usando o Google Earth, com alguns prédios modelados em 3D. Talvez não esteja perfeito, mas mostra claramente o que mudou nestes 60 anos. O contraste entre uma romântica e calma cidade repleta de residências e árvores nos bairros centrais, e uma agitada metrópole cortada por avenidas e prédios retilíneos, é mais do que evidente. As casas e as água do Guaíba pareciam ter a época, uma relação mais íntima do que a de hoje, afastados por muros e prédios, com seus estacionamentos e afastamentos. Em um movimento contrário ao que aconteceu com os namorados, que de um passado de controle rígido de zelosos e moralistas pais, evoluiu para uma intimidade fácil, e liberdades antes impensáveis. Outros tempos em comportamento, outros tempos em ambiente urbano. A Porto Alegre da foto talvez não volte mais, pelo menos na realidade real. Mas quem sabe com a tecnologia que avança não podemos vislumbrar com a realidade virtual, a cidade de ontem? Trazer de novo a vida os prédios e ruas por onde andaram nossos antepassados? Talvez isso seja mais fácil do que voltar aos valores de outrora....

2 de fevereiro de 2012

Por água e terra


Por água ou por terra, o importante é ter fé... Na santa. Todo o dia 2 de fevereiro é dia de peregrinar atrás de Nossa Senhora dos Navegantes em seu caminho da Igreja do Rosário à igreja em sua homenagem na zona norte de Porto Alegre, como acontece desde 1875. Trazida por portugueses em 1869, foi colocada na capelinha do Bom Fim, que existe até hoje no fim da Oswaldo Aranha, para receber a benção antes de ir à igreja do Menino Deus, esperar por sua casa definitiva. Mas com a finalização da sua primeira capela, ouve um impasse com proibição de sua saída da igreja, por aqueles que a trouxeram de Portugal. Recolhida então à Igreja do Rosário, só depois de um acordo a santa finalmente seguiu em sua primeira procissão fluvial até a nova morada. O que se repetiu até que queimasse junto com o prédio em incêndio de 1910. Antes, a santa havia resistido a outro sinistro que consumiu a primeira capelinha em 1896. Com a força das orações (e das doações) da comunidade, a igreja de hoje é finalmente inaugurada em 1913 (está chegando o centenário...) com uma réplica da santa, que foi carregada ano após ano em cima de um barco até 1988. No fim deste ano, o grave acidente do Bateua Muche no Rio de Janeiro, fez com que se temesse a ocorrência de algo semelhante por aqui, empurrando a santa para a avenida. A procissão na água foi retomada em 2000, mas a imagem de Nossa Senhora dos Navegantes, segue nos ombros de fiéis que queimam os pés no asfalto quente, das ruas da cidade no verão. O importante é ter fé....


1 de fevereiro de 2012

Camarões na Lagoa


Nem tudo é ruim na seca. E não é só para a turma da praia que se deleita com mais dias de sol. Com menos chuva, o nível da Lagoa dos Patos baixou de tal forma que a água do mar entrou com força, facilitando a reprodução do camarão. A boa pesca prevista, que vai permitir preços mais baixos e vendas volumosas, já está enchendo de esperança os pescadores de Pelotas. Mais um exemplo de que, volta e meia, a vida resiste aos desafios impostos por percalços e desequilíbrios que insistem em cruzar o seu caminho.

30 de janeiro de 2012

Uvas na Parreira

Já dá para começar a colheita da uva.... Com o calor a bater até mesmo na serra, muitos cachos quentes encontrarão habilidosas mãos calejadas de colonos, que se preparam para, com o mesmo carinho que afagam os filhos, cortar o talo e encher o tacho. E mais uma safra do principal produto da nossa região italiana chega, para ser  apreciada com algo mais do que o simples consumo das variedades que podem ser compradas no supermercado, ou com os vinhos que serão produzidos com elas. Em Bento Gonçalves, a Bento em vindima é uma excelente pedida para um verão diferente, cujos atrativos podem ser conferida em http://vindima.bentogoncalves.rs.gov.br/ Uma vasta programação permite entrar de corpo e alma neste mundo, participando ativamente desta magia. E é no vale dos vinhedos, que pode-se ver não só o espetáculo dos grãos ao sol, como também belas e encantadoras paisagens, ponteadas vez ou outra por capitéis e capelinhas, a iluminar espiritualmente o caminho.

27 de janeiro de 2012

Sem banho de mar

"E não vai dar para tomar banho de mar?" É o que deve estarem se perguntando incrédulos os veranistas de Tramandaí nesta manhã de janeiro. E a resposta é "não", pelo menos hoje. O acidente que despejou petróleo no mar e emporcalhou a praia mais populosa do estado, certamente deve ter chocado quem estava por lá ontem. Não poder desfrutar do principal atrativo do verão, soa para muitos como cancelamento de férias e fim de festa. Por mais que o nosso litoral se esforce para preencher dias chuvosos, e outros não tão convidativos à areia, com comércio, gastronomia e baladas, é na beira da praia que está o foco das atenções. A natureza como sempre é um diferencial relevante, se não o principal, na atração dos visitantes. Quando eventos assim acontecem, sempre surge a esperança que maiores cuidados serão tomados para que não seja prejudicado o meio ambiente, e as campanhas e frases de efeito preenchem os espaços de divulgação. Mas o discurso desta vez poderia ir além... E não estamos nos referindo aos prejuízos ao turismo e os recursos e empregos gerados, e sim ao simples direito de chegar na areia e tomar um banho de mar. Acessível a qualquer um para fugir do calor. Quem sabe com essa agressão ao direito de se divertir e descansar, a meio que nos cerca, comece finalmente ser levado a sério.
Quem tiver fotos, pode mandar. Quem não tiver, basta dar uma olhada nos jornais do sul... 
E esperamos que quando tudo passar e as comuns manchas marrons das algas, voltarem, não fiquem inventando que é óleo de navios despejados no mar. Dá para ver que é bem diferente.... 

25 de janeiro de 2012

Faróis gaúchos


Na imensidão do litoral gaúcho eles continuam lá como testemunha de um passado de mais navios  e menos informação. Os faróis como este da Praia do Araçá, eram a orientação no tempo em que não existiam GPS ou satélites. Pois o de Torres está completando hoje 100 anos... Da construção do primeiro... Trazido da França, chegou ao porto de Laguna, de onde andou 170 km de carro de boi, até chegar ao destino. E com o tempo, foi substituído por outros três no mesmo lugar, no alto do morro onde existe ainda um cemitério escondido.... Um livro conta a história desta saga revelando como funcionava nos primórdios a sua manutenção, por funcionários que fixavam residência no lugar, e se revezavam na sua operação. Em postagem de 2008 (veja aqui) falamos da utilização turística de alguns faróis do litoral Uruguaio. Lá, alguns deles servem até de mirante para apreciar as belezas do litoral. Já em meio ao burburinho de Capão da Canoa, emprestam sua estrutura a um uso não menos nobre de apoiar as luminárias de uma praça. Mas para os mais aventureiros, a pedida é tentar chegar aos inóspitos locais dos isolados faróis do litoral sul, com seus fiéis mantenedores e suas histórias de enfrentamento da solidão.... 

A matéria do Correio do Povo sobre o farol de torres, você encontra em: http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=117&Numero=117&Caderno=0&Noticia=385256