Criatividade, é a base de um artista. Depois vem as técnicas, as métricas, as inspirações. E os estilos e as interpretações e as mensagens. Bem. Neste ponto já estamos falando de mestres, e talvez não seja exatamente o caso dos responsáveis por uma singela exposição em um shopping de Bento Gonçalves. São desenhos com motivos locais feitos em pipas de vinhos. Velhas barricas de madeira que já se desfizeram de suas bebidas, serviram como tela para uma auto homenagem da labuta dos que tiram a uva dos parreirais, sob o escaldante sol de janeiro. E com direita a poéticas descrições em textos curtos. Retratando paisagens da cidade e sues entornos, a exposição que distrai os passantes que rolam por ali, tem como recepcionista a marcante figura da mulher italiana esculpida acima da pipa, que lhe serve como uma exótica saia. Uma forma original de expressão, talvez como muitos outras instalações. Mas dentro da sua tipicidade, pareceu única. Se destacando no ambiente padronizado onde se estabeleceu.
31 de janeiro de 2014
Criatividade da serra
Criatividade, é a base de um artista. Depois vem as técnicas, as métricas, as inspirações. E os estilos e as interpretações e as mensagens. Bem. Neste ponto já estamos falando de mestres, e talvez não seja exatamente o caso dos responsáveis por uma singela exposição em um shopping de Bento Gonçalves. São desenhos com motivos locais feitos em pipas de vinhos. Velhas barricas de madeira que já se desfizeram de suas bebidas, serviram como tela para uma auto homenagem da labuta dos que tiram a uva dos parreirais, sob o escaldante sol de janeiro. E com direita a poéticas descrições em textos curtos. Retratando paisagens da cidade e sues entornos, a exposição que distrai os passantes que rolam por ali, tem como recepcionista a marcante figura da mulher italiana esculpida acima da pipa, que lhe serve como uma exótica saia. Uma forma original de expressão, talvez como muitos outras instalações. Mas dentro da sua tipicidade, pareceu única. Se destacando no ambiente padronizado onde se estabeleceu.
24 de janeiro de 2014
Transformação
A gente veio de um lugar. Todo mundo. E muitas vezes a
infância foi lá, e lá se viveram momentos, e vem imagens e recordações... Boas,
ruins, curiosas, remotas. Quase sempre nebulosas. A ponto de se haver dúvidas
se não foi um sonho. Seguindo nas andanças, atrás das águas a serem limpas,
aportei para um almoço, no meu ponto de partida. Encravado em um mar de
cidades ao norte da capital, o Esteio segue lá. Diferente do que já foi, com
algo que ainda ficou.Cidade dormitório, foi uma definição. Periferia um tanto
cinzenta, talvez alguém já tenha pensado nesse conceito. Mas a transformação do
país, parece também se manifestar ali, ao menos na observação com a boa vontade
de um filho. O cafezinho foi em uma chocolataria com fotos de Gramado, com nova
decoração e esforço de um empreendedor local. Atrás da vitrine a avenida com
lojas e gentes. De rua. Mas que poderiam estar nos shoppings, ou não. O casal
gostou de uma carreta de bois de brinquedo, cheia de chocolates mas que não
estava à venda. “Quase perdi o dedo em uma destas, quando morava no interior”
foi o breve depoimento da mulher que fez o café. Os que saíram do campo para as barulhentas fábricas, chegaram ao ar condicionado com direito a internet
sem fio. Misturados aos que estão ainda querendo querendo passar estas etapas. Para ir até ali? Uma estrada com três pistas e alta velocidade em meio aos arrozais é o novo caminho deste ano, na promessa de se desatar o nó viário. Com o Morro Sapucaia no
fundo, uma placa indica a saída que ainda está em construção. Como o país...
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