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9 de maio de 2014

Igrejas do Vale

É só pegar o carro... E com o GPS fica mais fácil... Com ou sem aventura basta seguir o rumo do Rio Cai, e abrir os olhos para as paisagens e seus detalhes. Belos detalhes. Nas pequena comunidades ou cidades fundadas pelos que vieram de longínquas terras germânicas, sempre há uma igreja. E muitas delas antigas obras de arte, a pontilhar um verdejante vale pronto a abraçar um atento apreciador. São várias. Escolhemos algumas em uma determinada região. Mas elas estão em toda o lugar e não somente na região alemã, é claro. Boa parte das que destacamos aqui,  fica em comunidades rurais a beira de uma estrada com os morros a servir de pano de fundo. Como as de São Rafael, São Roque e Picada Cará.



E a silhueta destas construções parace se encaixar suavemente nas bordas de morros e campinas, como que a pedir licença por um pequeno espaço na paisagem. Mas são as torres lançadas aos céus, que chamam a atenção dos fiéis ou viajantes. Mais esbeltas e trabalhadas, ou mais lisas e grossas, suas formas sempre marcam o entorno, mesmo em áreas urbanizadas. As de Feliz então (luterana em primeiro plano por questões meramente geográficas), parecem ter iniciado uma dança eterna, que as pinturas recentes ajudaram a abrilhantar.



Também de roupa nova está a torre da matriz de Bom Princípio, (cuja parte de baixo estava ainda sendo pintada em Abril de 2014) e onde uma araucária faz companhia ao relógio.




Mas além de árvores, algumas tem a companhia da casa dos que já foram. Cemitérios com túmulos no chão, são o descanso eterno dos fiéis que um dia comungaram, confirmaram, casaram e viveram nos arredores. É assim, na paróquia de São Rafael e na Igreja Luterana de Alto Feliz.
















Passear pela região e descobrir estas jóias (e não mostramos todas) é algo para fazer sem pressa, saboreando a paisagem, e observando outras construções antigas das vizinhanças. Algumas delas com aspecto fantasmagórico no seu abandono, outras brilhando em novas e intensas tintas que trazem o passado de volta. O olhar atento para além dos caminhos, pode ainda se surpreender com a visão da torre atrás da campina (da Igreja de Picada Cará), iluminada pelo sol do fim da tarde. 


Mas surpresa mesmo é perceber ao se chegar mais perto e sentar em um banco de madeira, que o relógio do alto da torre não passa de uma pintura na parede. Como que a dizer que ali, as horas estejam congeladas e o tempo tenha parado  de passar.